O Projeto
O Projeto de Extensão: "Melhorando a prevenção e controle de infecções para reduzir as infecções do sítio cirúrgico em parto cesariano" (PREVISC-BR), é um braço do Projeto de Extensão: "Melhorando a Prevenção e Controle de Infecção para resposta à COVID-19 no Brasil" (PREVCOVID-BR), ambos são iniciativas conjuntas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e do Centers for Disease Control and Prevention/Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA). O projeto também recebe apoio de agências nacionais de saúde e de profissionais de controle de infecção (PCI).
As infecções do sítio cirúrgico (ISC) estão entre as infecções relacionadas à saúde (IRAS) mais comuns em países de baixa e média renda, com uma incidência três vezes maior do que as observadas nos países desenvolvidos.
O presente projeto tem como principal objetivo implementar abordagens padronizadas para a vigilância de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) nos hospitais participantes, buscando a otimização dos recursos humanos e materiais disponíveis. A proposta visa não apenas à padronização de práticas, mas também à construção de um modelo de baixo custo que possa ser reproduzido em diferentes contextos.
A partir da coleta de informações relevantes e acionáveis, a iniciativa pretende direcionar de forma mais estratégica os esforços de vigilância, promovendo uma conexão mais direta entre o monitoramento das ISCs e as ações efetivas de prevenção. Esse alinhamento entre vigilância e prática assistencial fortalece o papel da vigilância epidemiológica como ferramenta essencial para a melhoria da qualidade do cuidado. Atualmente, o projeto encontra-se em sua fase III, que será desenvolvida em nove hospitais localizados na cidade de Manaus. Um dos grandes diferenciais desta etapa é o formato de atuação dos profissionais de apoio: três bolsistas foram contratados para desempenhar o papel de Profissionais de Controle de Infecção (PCI) com atuação transversal. Esses profissionais terão funções distintas, voltadas à análise de dados epidemiológicos, à articulação com a atenção primária e ao suporte como ponto focal nos serviços de saúde, promovendo maior integração entre os diferentes níveis de atenção e ampliando a capilaridade do projeto.O projeto está estruturado com base no modelo de Melhoria Contínua da Qualidade, por meio de um ciclo que compreende avaliação, coleta e análise de dados, elaboração de planos de melhoria e reavaliação de resultados. A coleta de dados envolverá tanto a avaliação da capacidade institucional para prevenção de ISC quanto informações sobre fatores de risco individuais e taxas de infecção. Esse processo será complementado por etapas de validação dos dados coletados, garantindo a fidedignidade das informações utilizadas para a tomada de decisões. Com base nas avaliações de capacidade – realizadas em dois momentos do projeto (inicial e intermediário) – serão elaborados planos de melhoria personalizados para cada hospital participante. Esses planos, desenvolvidos pelos bolsistas em parceria com os Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), têm como finalidade fortalecer a capacidade institucional de prevenção, qualificar o sistema de vigilância e promover o gerenciamento eficaz dos fatores de risco modificáveis.Além disso, esta fase do projeto enfatiza a implementação de um pacote de medidas de prevenção de ISC (bundle), que deverá ser incorporado às rotinas assistenciais das instituições. A expectativa é que, por meio da articulação entre vigilância qualificada, educação permanente e planos de ação customizados, seja possível consolidar práticas sustentáveis e de alto impacto na segurança da paciente.
Conheça mais sobre o projeto PREVISC-BR
Membros do PREVISC-BR
Coordenação técnica geralDepartamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica (ENC) e Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva (ENS), Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo
- Camila Quartim de Moraes Bruna
- Maria Clara Padoveze Fonseca Barbosa
Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM)
- Evellyn Campelo (coordenação)
- Tatyana Ramos
Divisão de Infecção Hospitalar, Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
- Denise Brandão de Assis (coordenação)
- Geraldine Madalosso
- Milton S. Lapchik
- Valquíria O. Carvalho Brito
Gerência de Vigilância e Monitoramento de Serviços de Saúde - GVIMS, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa
- Luciana Silva da Cruz Oliveira
- Magda Machado de Miranda Costa
- Mara Rúbia Santos Gonçalves
- Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira
Programa Internacional de Controlo de Infecções (IICP), Divisão de Promoção da Qualidade dos Cuidados de Saúde (CDC/DHQP), U.S. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, EUA
- Ana Cecilia Bardossy
- Carolyn Herzig
Este trabalho é apoiado pelo Acordo de Cooperação número NU2HGH000044, financiado pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças através do TEPHINET, um programa da Task Force para a Saúde Global.
Apoio local- Administração dos hospitais participantes
- Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) dos hospitais participantes
EE-USP
Apoio de Gestão Administrativa e Financeira:
Centro de Apoio da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (CEAP-EE)
Localização geográfica do Projeto
Manaus - Amazonas
São Paulo - São Paulo
Objetivos
O objetivo deste projeto é implementar abordagens padronizadas para a vigilância de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) para os hospitais participantes, com o menor custo possível de recursos materiais e humanos.
Ao coletar informações acionáveis para a prevenção da ISC, destina-se a direcionar os esforços de vigilância e conectar mais diretamente a vigilância da ISC às atividades de prevenção da ISC.
Objetivos específicosI - Fortalecer o sistema de vigilância para ISC, incluindo vigilância pós-alta e validação de dados;
II - Desenvolver e implementar um ciclo contínuo de melhoria da qualidade por meio de avaliação periódica da capacidade das instalações de saúde para prevenir a ISC;
III - Implementar um pacote de medidas de prevenção ISC;
IV - Estabelecer uma Comunidade de Práticas (CoP) para compartilhar experiências sobre prevenção de ISC entre os participantes.